Quatro Grandes Transformações da Transição Energética

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Você já ouviu falar em Transição Energética?

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Esse é um termo muito usado atualmente para caracterizar as mudanças que vêm ocorrendo no setor de energia. Mas afinal, que mudanças são essas?

Durante o século XX, a indústria de eletricidade se difundiu com o uso de fontes de combustíveis fósseis, a partir de um paradigma de geração centralizada. Nesse modelo, que aprofundaremos nas próximas publicações da série #EnergiaQueVemDoPovo, os consumidores assumem um comportamento passivo [1]. Ou seja, o povo não tem influência significativa no setor energético.

A energia é gerada em grandes usinas e transportada até nós, que reduzimos nossa participação à conexão de aparelhos nas tomadas e ao pagamento da conta de luz ao final do mês. Portanto, a energia se torna um conceito abstrato para a maioria das pessoas. É tudo aquilo que está por trás da tomada.

No século XXI, vem sendo iniciada uma profunda revolução no setor de energia no mundo inteiro.

O avanço das mudanças climáticas e a crescente preocupação ambiental têm colocado o conceito de transição energética no centro do debate sobre o futuro da indústria de energia.

O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernmental Panel on Climate Change – IPCC), organização criada pelas Nações Unidas (ONU) constatou que as emissões relativas à queima de combustíveis fósseis para geração de energia são a principal causa do aquecimento global e da crise climática.

Ao mesmo tempo, a geração de energia é fundamental para a atividade econômica. Surge, assim, o desafio de lidar com a necessidade de reduzir as emissões de gases de efeito estufa e ao mesmo tempo garantir a segurança do suprimento energético, uma vez que os combustíveis fósseis são a principal fonte energética no mundo.

O aumento da participação de fontes renováveis na matriz energética, como a solar e eólica, surge como resposta para superar estes desafios de expansão sustentável do sistema energético, conforme recomendado pelo IPCC e reiterado no Acordo de Paris em 2015 [2].

Nesse contexto, a transição energética é associada normalmente às transformações necessárias para a migração de uma matriz energética baseada em combustíveis fósseis para uma de fontes renováveis e de baixo teor de carbono [3]. Apesar de, recentemente, o termo transição energética ter passado a ser amplamente utilizado para referenciar esse processo de descarbonização, quando é analisada a trajetória de desenvolvimento do setor de energia, percebe-se um espectro mais amplo de transformações sociais, políticas, tecnológicas e econômicas relacionadas ao tema [4].

Essa transição da matriz energética por fontes renováveis como solar e eólica desafios relacionados à intermitência* da geração de energia, pois a geração acaba por ficar dependente das condições climáticas necessárias para seu funcionamento, como os níveis de insolação ou fluxos de massas de ar, no caso da solar e eólica, respectivamente. O sistema tradicional caracterizado por empreendimentos de grande porte, que configuram a Geração Centralizada (GC), tem mostrado dificuldades em garantir a segurança de abastecimento diante dessas mudanças. Assim, essa transformação tecnológica deve ser acompanhada por mudanças organizacionais e institucionais adequadas e uma série de novos desafios surgem no setor [5].

O movimento recente de descentralização da geração de energia, protagonizada pela Geração Distribuída Solar Fotovoltaica (GDFV), faz com que a participação do consumidor, tradicionalmente passiva em um sistema de geração centralizada e fluxo unidirecional de energia, se torne cada vez mais ativa. Surge assim a figura do “prossumidor” (produtor e consumidor de energia). O consumidor, antes sem opções de participação direta na produção de energia, agora tem a possibilidade de participar ativamente e gerar a energia que consome [6].

Usualmente, a transição energética é caracterizada por 3 Ds:

  • Descarbonização (movimento de transição de combustíveis fósseis para fontes renováveis, como solar e eólica)
  • Descentralização (geração de energia mais próximo do consumidor, principalmente com placas solares nos telhados e fachadas).
  • Digitalização(conjunto de tecnologias digitais que facilita a gestão energética e a torna mais inteligente)

Na Revolusolar, acreditamos em um quarto D da transição energética:

A Democratização

Além da sustentabilidade ambiental, ela cria condições para uma verdadeira Revolução no setor de energia. Ao aproximar o consumidor da geração, permite sua conscientização e empoderamento, inéditos no setor. Também permite a redução de gastos com energia.

A energia solar já é a fonte de energia elétrica mais barata da história, segundo a Agência Internacional de Energia [7].

Além disso, permite levar energia a regiões remotas que antes a rede elétrica não chegava, lidera a geração de empregos verdes no mundo, dentre outros benefícios socioeconômicos urgentes para o Brasil.

Se você quer saber mais dessa Revolução Solar, e entender como participar, acompanha a série #EnergiaQueVemDoPovo e siga a Revolusolar nas redes sociais!

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* De acordo com a ANEEL, intermitência é caracterizada por: “Recurso energético renovável que, para fins de conversão em energia elétrica pelo sistema de geração, não pode ser armazenado em sua forma original.”[/vc_column_text][/vc_column][/vc_row][vc_row el_id=”referencias”][vc_column][vc_column_text]

Referências

[1] PINTO JR., H. Q.; ALMEIDA, E.; BOMTEMPO, J. V.; IOOTTY, M. e BICALHO, R. Economia da Energia: Fundamentos econômicos, evolução histórica e organização industrial. 2ª ed., Rio de Janeiro, Elsevier. p. 178-199, 2016.

[2] IPCC. Summary for policymakers. In: Stocker, T.F., Qin, D., Plattner, G.-K., Tignor, M., Allen, S.K., Boschung, J., Nauels, A., Xia, Y., Bex, V., Midgley, P.M. (Eds.), Climate Change 2013: The Physical Science Basis. Contribution of Working Group I to the Fifth Assessment Report of the Intergovernmental Panel on Climate Change. Cambridge University Press, Cambridge, United Kingdom and New York, NY, USA, p. 1-29. 2013.

[2] UNFCCC. Adoption of the Paris Agreement. 2015. Disponível em: https://unfccc.int/documents/9064. Acesso em 20 abr 2020.

[3] COLOMER, M. A transição energética e o papel dos Estados nacionais. Grupo de Economia da Energia, Blog Infopetro. 2018. Disponível em https://infopetro.wordpress.com/2018/04/11/a-transicao-energetica-e-o-papel-dos-estados-nacionais/. Acesso em 25 abr. 2020.

[4] BICALHO, R. Uma transição política e nacional. Grupo de Economia da Energia, Blog Infopetro. 2018. Disponível em https://infopetro.wordpress.com/2018/09/04/uma-transicao-politica-e-nacional/. Acesso em 25 abr. 2020.

[4] COLOMER, M. e QUEIROZ, H. Os condicionantes da política energética do setor de petróleo nas últimas décadas. Grupo de Economia da Energia, Blog Infopetro. 2019. Disponível em https://infopetro.wordpress.com/2019/04/17/os-condicionantes-da-politica-energetica-do-setor-de-petroleo-nas-ultimas-decadas. Acesso em 25 abr. 2020.

[5] FERRAZ, C. A importância das redes para o sucesso das estratégias de descarbonização do setor elétrico. Grupo de Economia da Energia, Blog Infopetro. 2019. Disponível em https://infopetro.wordpress.com/2019/05/14/a-importancia-das-redes-para-o-sucesso-das-estrategias-de-descarbonizacao-do-setor-eletrico/. Acesso em 25 abr. 2020.

DI SILVESTRE, M. L.; FAVUZZA, S.; SANSEVERINO, E. e ZIZZO, G. How decarbonization, digitalization and decentralization are changing key power infrastructures. Renewable and Sustainable Energy Reviews, v. 93, p. 483-498, 2018.

International Energy Agency. World Energy Outlook, 2020. Disponível em https://www.iea.org/reports/world-energy-outlook-2020

[6] SIOSHANSI, P. F. Consumer, prosumer, prosumager. 1ª ed., Academic Press, 2019.

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